Apesar de aumentar a agressividade e prejudicar a saúde da criança a longo prazo, muitos pais ainda insistem em bater nos seus filhos. Um estudo da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, mostrou que quase 30% dos bebês com até 15 meses apanharam dos pais no último mês.
Os cientistas acompanharam 2.788 famílias, que participavam de uma pesquisa sobre nascimentos em áreas urbanas e estão ligadas ao serviço de proteção à criança. Para os pesquisadores, as consultas no pós-parto e as visitas aos bebês em casa foram oportunidades para médicos e familiares conscientizarem os pais sobre melhores formas de colocar limites nos filhos.
Para chegar a essa conclusão, o pesquisadores distribuiram gravadores para 37 famílias de diferentes classes sociais. A análise das 36 horas de áudio gravadas em seis dias de cada família contabilizou, no total, 41 agressões. Uma mãe que participou do estudo bateu no filho de 3 anos cerca de 10 vezes por ele ter brigado com a irmã mais velha. Outra espancou a filha de 5 anos porque ela não arrumou o quarto.
Ao baterem nos filhos com tamanha frequência ficou claro que esses pais não consideram a palmada como um comportamento problemático. As crianças agredidas são mais propensas a ter problemas de comportamento social. Elas também apresentam maior risco de desenvolver transtornos de ansiedade ou depressão e ainda têm mais chances de se envolver em violência doméstica e abuso de crianças quando adultas.Uma criança que apanhou por andar até um local perigoso pode não querer mais andar ou ficar em pé.
Quando os pais entendem que bater é uma forma de educar os filhos, eles sempre vão trocar o diálogo pela agressão física. E esse comportamento vai levar a uma geração de adultos violentos. Uma criança que apanha constantemente dos pais pode se tornar agressiva ou totalmente passiva e insegura. Ela pode ser uma pessoa violenta, que não sabe conversar com quem discorda dela, ou incapaz de defender o seu ponto de vista.
Muitas agressões gravadas para o estudo aconteceram quando os pais estavam estressados. No entanto, é claro que dias difíceis e estressantes não são justificativas para descontar os problemas nas crianças. Pais que agridem mostram que perderam o controle de si mesmo. Por isso, ao criar um filho, paciência deve estar em primeiro lugar.
Para aprender, seu filho precisa entender a relação entre o que fez e a consequência. A punição deve acontecer no mesmo momento, pois as crianças têm uma visão imediatista: ainda não aprenderam a pensar a longo prazo.
Na prática, isso significa que, assim que se o seu filho jogar o brinquedo no chão durante um ataque de birra, o melhor a ser feito é tirar o objeto do seu alcance por alguns minutos. Com o passar do tempo, ele pode ficar sem TV, sem computador e sem outras coisas de que gosta e até o seu olhar sério e quieto vai ser suficiente para fazê-lo entender que aquilo que ele fez não foi legal. Isso, sim, é educar!
Fonte: http://revistacrescer.globo.com/
Os cientistas acompanharam 2.788 famílias, que participavam de uma pesquisa sobre nascimentos em áreas urbanas e estão ligadas ao serviço de proteção à criança. Para os pesquisadores, as consultas no pós-parto e as visitas aos bebês em casa foram oportunidades para médicos e familiares conscientizarem os pais sobre melhores formas de colocar limites nos filhos.
Para chegar a essa conclusão, o pesquisadores distribuiram gravadores para 37 famílias de diferentes classes sociais. A análise das 36 horas de áudio gravadas em seis dias de cada família contabilizou, no total, 41 agressões. Uma mãe que participou do estudo bateu no filho de 3 anos cerca de 10 vezes por ele ter brigado com a irmã mais velha. Outra espancou a filha de 5 anos porque ela não arrumou o quarto.
Ao baterem nos filhos com tamanha frequência ficou claro que esses pais não consideram a palmada como um comportamento problemático. As crianças agredidas são mais propensas a ter problemas de comportamento social. Elas também apresentam maior risco de desenvolver transtornos de ansiedade ou depressão e ainda têm mais chances de se envolver em violência doméstica e abuso de crianças quando adultas.Uma criança que apanhou por andar até um local perigoso pode não querer mais andar ou ficar em pé.
Quando os pais entendem que bater é uma forma de educar os filhos, eles sempre vão trocar o diálogo pela agressão física. E esse comportamento vai levar a uma geração de adultos violentos. Uma criança que apanha constantemente dos pais pode se tornar agressiva ou totalmente passiva e insegura. Ela pode ser uma pessoa violenta, que não sabe conversar com quem discorda dela, ou incapaz de defender o seu ponto de vista.
Muitas agressões gravadas para o estudo aconteceram quando os pais estavam estressados. No entanto, é claro que dias difíceis e estressantes não são justificativas para descontar os problemas nas crianças. Pais que agridem mostram que perderam o controle de si mesmo. Por isso, ao criar um filho, paciência deve estar em primeiro lugar.
Para aprender, seu filho precisa entender a relação entre o que fez e a consequência. A punição deve acontecer no mesmo momento, pois as crianças têm uma visão imediatista: ainda não aprenderam a pensar a longo prazo.
Na prática, isso significa que, assim que se o seu filho jogar o brinquedo no chão durante um ataque de birra, o melhor a ser feito é tirar o objeto do seu alcance por alguns minutos. Com o passar do tempo, ele pode ficar sem TV, sem computador e sem outras coisas de que gosta e até o seu olhar sério e quieto vai ser suficiente para fazê-lo entender que aquilo que ele fez não foi legal. Isso, sim, é educar!
Fonte: http://revistacrescer.globo.com/